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Morena

Nesta noite encontro-me nos versos A ler-me como leio o mar longínquo A ver o fogo a brilhar tão límpido Como um sentimento tão concreto A chama é como um mural de outro mundo A resvalar na saudade que há neste segundo Pois tua presença é anseio tão constante E meu coração bate por ti incessante Sem fim é o que desejo por tanto lhe mostrar Das belezas infindáveis da alma luminosa Sempre me resvalo na feição tão singular Da tua tez, morena, toda ela fulgurosa Posto que és chama, fogo ardente Um brilho, um clarão sem precedente Cores a brilhar no céu destes olhares A imensidão profunda dos teus amares Pois amor é o que nos resta, ele é tudo E não há força no mundo que o faça mudo Pois conquanto eu possa neste peito respirar Hei de, por ti, somente a ti, meu poema versar Sois singular, moça tão bela, pois és única no mundo Nos teus cachos inundados, de doçura eu me afundo Tua feição é a construção mais perfeita que eu já vi E meus olhos só sabem, tão desejosos, contemplar a ti Sabes que és a única criatura de tamanha beleza Pois meu amor por ti é quem dita esta natureza Não haverá jamais ser de tamanha delicadeza Na força, atitude segura de uma mulher tão fortaleza Pois tua voz é doce, como a música que quero ouvir A cantar para mim num leito escuro a reluzir Pois teu calor é a força que move este poema E tu és, morena, eterna musa, rainha dos meus temas

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Dias sem Poesia

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Obra

Hoje ponderei sobre o meu ser Minha delicadeza excessiva Minha saudade expressiva Quanta tristeza a saber E hoje eu pesei tantas palavras Dolorosas e vazias Incertezas tão perenes Na frieza destas sir

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