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Meus Olhos


Meus olhos redondos tamanhos

Olhando as distâncias do mundo

Meu olhar de lonjuras profundo

Nos caminhos dos olhos estranhos


Meus olhos por ventura distantes

As lonjuras cristalinas caminham

Estranhas entranhas quietas falantes

Das miudezas gigantes definham


Meus olhos no mundo são flores

Desatadas nas árvores tão grandes

Na lâmina dos meus olhos brande

As iniquidades de outros sabores


Meus olhos são mundos eternos

De ternura perfeita os castanhos

Do mel de meus olhos tão ternos

O caminho dourado que me acanho


Meus olhos perfeitos feitos de vidro

Das intemperanças do mundo alvidro

Com a justeza dos meus olhos a ver

As linhas do mar, no azul a revolver


Meus olhos são janelas do infinito

A discorrer as cascatas dos aflitos

Pois as lágrimas dos olhos são

E não há como vê-las, só o coração


Meus olhos são perfeitos e míopes

E caminham sobre o mundo meus pés

Sobre meus olhos a clareza lunar

Dos meus olhos tão fundos a olhar


Meus olhos são límpidos e cristalinos

Veem as minhas lonjuras dos tempos

Nos tempos passados de pequenino

A calcar as alvuras nos leitos lentos


Meus olhos são vagarosos a se demorar

Pois no mais profundo da alma vão a fitar

Me dizem das persignações da saudade

E refletem eu, seu brilho a luz da verdade


Pois de meus olhos não se ocultam

Sentimentos, dores e desalentos

Meus olhos revelam a morada dos aflitos

Nas lonjuras dos corações em sofrimentos

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