Posto numa única chama amarela
Corada como a lembrança viva
A labareda que é toda clara e altiva
Lembrança do calor do olhar dela
O vento sobre o fogo é suave brilho
Bruxuleante delicado em farfalhar
Nas sombras, uma claridade estalar
Melodia doce de um pequeno estribilho
A chama queima lentamente, lentamente
O movimento é lento, cheio de ardor
Como queima no peito, a flâmula de amor
Incendiário, forte, saudoso, delicadamente
Labareda que sobe e desce, sobe no ar
Suave lembrança dela a se queimar
No tempo de memórias já passadas
Em horas de solitudes disfarçadas
O calor é conforto para o frio noturno
O brilho é abrigo do escuro tão soturno
E o fogo é como viva, luminosa recordação
De queimar por ela meu próprio coração
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