Eu quis ser teu poeta
E numa poesia de nada
Com a tua alma armada
Não pude fazê-la completa
Meus versos não foram
Suficientes nem serão
Se as armas de tua alma
Não guardares, sem trauma
As armas de minha alma
Já guardei-as e tranquei
Todas elas eu sufoquei
E restou serena calma
Eu quis te escrever poema
Da alma em cruz serena
De penitência tão vazia
De querer tal guerra fria
Não lhe venho ao combate
Não preciso deste embate
E ainda assim eu a amo
Pois de poeta eu me chamo
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